Carlos Nejar :: DITRA - Dicionário de tradutores literários no Brasil :: 
Dicionário de tradutores literários no Brasil


Carlos Nejar

Perfil | Excertos de traduções | Bibliografia

Carlos Nejar nasceu em 11 de janeiro de 1939, em Porto Alegre, cidade em que residiu por muito tempo antes de se mudar definitivamente para Guarapari, no Espírito Santo. Teve sua formação escolar na capital gaúcha e iniciou, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, o curso de Letras Clássicas, que não concluiu. Formou-se, no entanto, em Direito pela mesma Universidade, em 1962. Fez concurso para o Ministério Público do Rio Grande do Sul e atuou em diversas comarcas, da capital e do interior gaúcho.

Além das atividades jurídicas e de atividades magisteriais, estreou na literatura em 1960, com o livro de poemas Sélesis. Nos anos seguintes, publicou mais livros de poesia e também de prosa; viajou a Lisboa, a convite da Fundação Calouste Gulbenkian, para organizar uma antologia da poesia portuguesa contemporânea; participou de inúmeros congressos nacionais e internacionais de literatura e recebeu vários prêmios literários. Em 1988, foi eleito para a cadeira nº 4 da Academia Brasileira de Letras.

Seu primeiro contato com a tradução ocorreu na década de 70. A convite da Editora Globo de Porto Alegre começou a traduzir obras do escritor argentino Jorge Luis Borges e um dos livros traduzidos, ­ O Elogio da Sombra, ­ contou com a parceria do ensaísta e contista gaúcho Alfredo Jacques. Em 1980, recebeu o prêmio de tradução do ano concedido pela Associação dos Críticos de Arte de São Paulo pela sua tradução de Memorial de Isla Negra, de Pablo Neruda.  

Escreveu para inúmeras revistas e jornais do país e para a Revista portuguesa Colóquio/Letras. Em 1991, fundou, com o jornalista e poeta Marian Calixte, a Nemar Editora e, em 1993, fundou sua pequena editora de poesia, a Nejarim.

Aposentou-se do magistério e da prática jurídica, mas não abandonou o ofício da escrita, tendo alguns de seus trabalhos recolhidos em antologias nacionais e internacionais.

Verbete publicado em 6 de June de 2005 por:
Rebeca Miscow Machado
Walter Carlos Costa

Bibliografia

Traduções Publicadas

Borges, Jorge Luis. Ficções. Porto Alegre: Globo, 1970. (Ficciones). Contos.

Borges, Jorge Luis. Elogio da Sombra. Porto Alegre: Globo, 1971. (Traduzida em parceria com Alfredo Jacques). (Elogio de la sombra). Poesia.

 Neruda, Pablo. Memorial de Ilha Negra (De onde nasce a chuva). Rio de Janeiro:  Salamandra, Rio, 1980. (Memorial de Isla Negra). Poesia.

Neruda, Pablo. As uvas e o vento. Porto Alegre: L&PM, 1980. (Las uvas y el viento). Poesia.

 Neruda,Pablo. Cem sonetos de amor. Porto Alegre: L&PM, 1979. (Cien sonetos de amor). Poesia.

Obra própria

Poesia:

 

Nejar, Carlos. Sélesis. Porto Alegre: Globo, 1960.

Nejar, Carlos. Livro de Silbion. Porto Alegre: Difusão de Cultura, 1963. São Paulo: Hucitec, 1999.

Nejar, Carlos. Livro do tempo. Porto Alegre: Champagnat, 1965.

Nejar, Carlos. O campeador e o vento. Porto Alegre: Sulina, 1966.

Nejar, Carlos. Danações. Rio de Janeiro: José Álvaro Editor, 1969.

Nejar, Carlos. Ordenações. Porto Alegre: Globo/INL, 1971. (Prêmio Jorge de Lima do Instituto Nacional do Livro, 1971).

Nejar, Carlos. Canga (Jesualdo Monte). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971.

Nejar, Carlos. Casa dos arreios. Porto Alegre: Globo/ INL, 1973.

Nejar, Carlos. O poço do calabouço. Lisboa: Livraria Moraes Editores, 1974 (Prêmio Fernando Chinaglia,  da União Brasileira de Escritores, em 1974).

Nejar, Carlos. O poço do calabouço. Rio de Janeiro: Salamandra, 1977;  Rio de Janeiro: Record, 1983.

Nejar, Carlos. De Sélesis a Danações. São Paulo: Quíron/INL, 1975. "Coleção Sélesis".

Nejar, Carlos. Somos poucos. Rio de Janeiro:  Crítica, 1976.

Nejar, Carlos. Árvore do mundo. Rio de Janeiro/Brasília: Nova Aguilar/INL, 1977. (Prêmio Luíza Cláudio de Souza em 1977, do PEN Clube do Brasil). 

Nejar, Carlos. O chapéu das estações. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978.

Nejar, Carlos. O poço do calabouço, Árvore do mundo e O chapéu das estações (num só volume). São Paulo: Círculo do Livro, 1979.

Nejar, Carlos. Os viventes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1979.

Nejar, Carlos. Um país o coração. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

Nejar, Carlos. Obra poética I.  Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980 (Prêmio Érico Veríssimo em 1981, Câmara Municipal de Porto Alegre).

Nejar, Carlos. Fausto, as Parcas, Joana das Vozes, Miguel Pampa e Ulisses (poemas dramáticos). Rio de Janeiro: Record, 1983. 2. ed, Porto Alegre: Tchê, 1987.

Nejar, Carlos. Os melhores poemas de Carlos Nejar. São Paulo: Global, 1984.

Nejar, Carlos. Memórias do porão. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985.

Nejar, Carlos. A genealogia da palavra (antologia do autor). São Paulo: Iluminuras, 1989.

Nejar, Carlos. A idade da aurora (rapsódia). São Paulo: Massao-Ohno, 1990.

Nejar, Carlos. Amar, a mais alta constelação (sonetos). Rio de Janeiro: José Olympio, 1991.

Nejar, Carlos. Miguel Pampa (poemas dramáticos). Vitória: Nemar - Massao-Ohno, 1991.

Nejar, Carlos. Meus estimados vivos (poemas). Vitória: Nemar, 1991. Ilustrações de Jorge Sole e apoio da Prefeitura de Vitória.

Nejar, Carlos. Elza dos pássaros ou a ordem dos planetas. Paiol da Aurora, Guarapari: Nejarim-Paiol da Aurora, 1993.

Nejar, Carlos. Simon Vento Bolívar. Edição bilíngue-espanhol, tradutor Luís Oviedo. Porto Alegre: AGE, 1993.

Nejar, Carlos. Canga. Edição bilíngue-espanhol, tradutor Luís Oviedo. Guarapari: Nejarim-Paiol da Aurora, 1993.

Nejar, Carlos. Aquém da infância. Guarapari: Nejarim-Paiol da Aurora, 1995. 

Nejar, Carlos. Arca da aliança (poemas bíblicos). Guarapari: Nejarim - Paiol da Aurora, 1995.

Nejar, Carlos. Sonetos do paiol, ao sul da aurora. Porto Alegre: LPM, 1998.

Nejar, Carlos. Os viventes. Rio de Janeiro: Record, 2000.

Nejar, Carlos. Todas as fontes estão em ti. São Paulo: Eclésia, 2000.

Nejar, Carlos. Poesia Reunida: I A Idade da Noite; II A Idade da Aurora. Rio de Janeiro: Ateliê, 2001.

Nejar, Carlos. A espuma do fogo. Rio de Janeiro: Ateliê, 2002.

Ensaio:

Nejar, Carlos. A chama é um fogo úmido (reflexões sobre a poesia contemporânea). Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 1994. (Coleção Afrânio Peixoto, vol. 23.).

Nejar, Carlos. Escritos com a pedra e a chuva. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2000. (Coleção Afrânio Peixoto, vol. 54.).

Nejar, Carlos. O caderno do fogo. São Paulo: Escrituras, 2000. (Coleção Ensaios Transversais.).

Novela e romance:

Nejar, Carlos. Um certo Jaques Netan. São Paulo: Achê, 1991 (edição não comercial). Rio de Janeiro: Record, 1991.(Coleção "Imortais da Literatura".)

Nejar, Carlos. O túnel perfeito. Rio de Janeiro:  Relume-Dumará, 1994.

Nejar, Carlos. Carta aos loucos. Rio de Janeiro: Record, 1999.

Nejar, Carlos. Riopampa - Moinho das tribulações. São Paulo: Eclésia, 2000 (Prêmio "Machado de Assis" da Biblioteca Nacional).

Nejar, Carlos. Ulalume. Rio de Janeiro: Bluhm, 2001.

Nejar, Carlos. O selo da agonia (Livro dos cavalos). Rio de Janeiro: Razão Cultural, 2001.

Nejar, Carlos. O Livro do Peregrino. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.

Nejar, Carlos. A engenhosa Letícia do Pontal. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003.

Teatro:

Nejar, Carlos. Teatro em versos. (Prefácio de Antônio Hohltieldt). Rio de Janeiro: Funarte, 1998.

Literatura Infanto-juvenil:

Nejar, Carlos. Menino-rio. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1985.

Nejar, Carlos. Jericó soletrava o sol e as coisas pombas. Rio de Janeiro: Globo, 1986.

Nejar, Carlos. Era um vento muito branco. Rio de Janeiro: Globo, 1987. (Prêmio Monteiro Lobato, da Associação Brasileira de Crítica Literária, Rio, 1988.)

Nejar, Carlos. A formiga metafísica. Rio de janeiro: Globo, 1988.

Nejar, Carlos. Zão. São Paulo: Melhoramentos, 1988. (Prêmio como o  melhor livro infanto-juvenil, em poesia, da Associação Paulista de Críticos de Arte, 1989.)

Nejar, Carlos. O grande vento. Rio de Janeiro: Consultor, 1998.

Obra traduzida:

Nejar, Carlos. A ferocidade das coisas. (Por: Kurt Sharf. München). Sirene, 1992.(Von der Gransamkeit der Dinge)

Nejar, Carlos. The Age of the Dawn. (Por: Madeleine Picciotto, 50th Anniversary Anthology, Quartely Review of Literature). Edited by T. R. Weiss, Princeton, New Jersey, USA, 1993.

Nejar, C.; Sant´Anna, A. Affonso Romano de Sant´Anna et Carlos Nejar, Deux poètes brésiliens contemporains. (Por:Regina Machado). Revue La Sape, n. 54, Paris, 2000.

Nejar, Carlos. La férocité des choses, de Carlos Nejar. (Por: Raymond Farina). Revue Arpa, n. 73-74, Paris, 2001.

Antologias que organizou:

 Nejar, Carlos. Antologia de um emigrante do Paraíso (Antônio Osório), com prefácio introdutório. São Paulo: Massao-Ohno, 1981.

 Nejar, Carlos. Antologia da poesia portuguesa contemporânea (a partir de Victorino Nemésio). Apresentação, seleção de poemas, dados biográficos e bibliográficos. São Paulo: Massao-Ohno, 1982.

 Nejar, Carlos. Antologia da poesia brasileira contemporânea (a partir de 1945). Apresentação, seleção de poemas, dados bibliográficos dos poetas. Prefácio de Eduardo Portella. Lisboa: Imprensa Nacional e Casa da Moeda, 1986.

 Nejar, Carlos. A genealogia da palavra : antologia pessoal. São Paulo: Iluminuras, 1989.

Apresentação | Créditos | Contato | Admin

ISBN:   85-88464-07-1

Universidade Federal de Santa Catarina

Centro de Comunicação e Expressão

Apoio:

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Última atualização desta página

©2005-2024 - NUPLITT - Núcleo de Pesquisas em Literatura e Tradução

Site melhor visualizado em janelas com mais de 600px de largura disponível.