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Dicionário de tradutores literários no Brasil


Sergio Romanelli

Perfil | Excertos de traduções | Bibliografia

Sergio Romanelli nasceu em Salerno, sul da Itália, em 29 de setembro de 1970, onde permaneceu até os cinco anos de idade. Morou em Bergamo, norte da Itália, até 1998 quando se transferiu para o Brasil, morando assim em Salvador, São Paulo e hoje em Florianópolis. Atualmente desenvolve seu estágio pós-doutoral em Bruxelas, Bélgica.    

Tem formação em Letras e Filosofia pela Universidade de Milão, e mestrado e doutorado em Linguística Aplicada pela Universidade Federal da Bahia. Atua como Professor Adjunto III no Departamento de Língua e Literatura Estrangeira da UFSC e também no Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da UFSC.

Tendo estudado alemão, inglês, latim e grego ainda na Itália, aprendeu a língua portuguesa no Gabinete de Leitura Portuguesa em Salvador e também espanhol, como autodidata. Durante anos atuou como intérprete na Bahia e já traduziu textos de diversas áreas, como medicina, engenharia, direito e arquitetura. Atualmente escolhe os textos que traduz, partindo tanto de seu interesse próprio pelo autor quanto pelos projetos de pesquisa que desenvolve, como foi o caso de suas traduções da poetisa italiana Rina Sara Virgillito e de Leon Battista Alberti.

Já trabalhou com a ajuda de outros tradutores, como com Maria Eugenia Galeffi, tradutora do italiano e Hanna Betina Gotz, do inglês.  Também traduz em parceria com colegas e alunos envolvidos em seus projetos de pesquisa. Já realizou traduções a partir de outras traduções, como no caso do livro do Leon Battista Alberti, o De Re Aedificatoria, originalmente escrito em latim, traduzido pela primeira vez do italiano e do espanhol para o português. 

Sendo pesquisador e também editor da Revista In-traduções do Programa de Pós-graduação em Estudos da Tradução da UFSC, costuma escrever e publicar sobre suas práticas de tradução de autores como Leon Battista Alberti, Augusto dos Anjos, de Rina Sara Virgillito, Mark Twain, Florbela Espanca, Sperone Speroni e também sobre tradução de literatura infanto-juvenil.

Autor de diversas obras literárias, sobretudo de poesia, recebeu um prêmio do ministério do exterior da Itália em 2007, tendo lá publicadas as seguintes coletâneas: Lune Severe (PulcinoElefante, 2005); Libere Fenici (Lieto Colle, 2009); e um texto para o teatro: La metafisica di un fauno (Aracne Editrice, 2011).

Atualmente organiza antologias, traduzindo tanto textos da língua italiana dos séculos XV e XVI para o português, como também traduz poetas brasileiros e portugueses para a língua italiana, e poetas italianos para a língua portuguesa.

Verbete publicado em 18 de October de 2013 por:
Rodrigo da Silva Cardoso
Marie-Hélène Catherine Torres

Excertos de traduções

Excerto de "Pequena Gramática da Língua Toscana", de . Tradução de Sergio Romanelli.

Grammatichetta

Pequena Gramática da Língua Toscana

Que’ che affermano la lingua latina non essere stata comune a tutti e populi latini, ma solo propria di certi docti scolastici, come hoggi la vediamo in pochi, credo deporranno quello errore, vedendo questo nostro opuscholo, in quale io racolsi l’uso della lingua nostra in brevissime annotationi. Qual cosa simile fecero gl’ingegni grandi e studiosi presso a’ Graeci prima, e po’ presso de e Latini; et chiamorno queste simili ammonitioni, apte a scrivere e favellare senza corruptela, suo nome, Grammatica. Questa arte, quale ella sia in la lingua nostra, leggietemi e intenderetela. [ ... ]

Aqueles que afirmam que a língua latina não foi a língua comum de todos os povos latinos, mas somente de alguns poucos doutos escolásticos, assim como hoje, que a vemos usada por poucos, acredito que reconsiderarão esse erro após ter lido esta pequena obra, na qual eu fiz brevíssimas anotações acerca do uso da nossa língua. Coisa parecida fizeram, antes de mim, aqueles grandes intelectuais e estudiosos com os Gregos e, em seguida, com os Latinos, e chamaram tais preceitos, com o objetivo de escrever e falar sem erros, pelo nome de gramática. Em que consiste a gramática dessa nossa língua ficará claro ao lerem este meu livro. [ ...]

 

 

Vochali

Vogais

a ae e i o ŏ u

a ae e i o ŏ u

ae e e

ae e e

ae e e Coniunctio Verbum Articulus4

ae e e Coniunctio Verbum Articulus

El ghiro giró al çio el zembo.

El ghiro giró al çio el zembo.

Et volse pŏrci a’ porci quello che e pella pelle.

Et volse pŏrci a’ porci quello che e pella pelle.

 

 

Ogni parola e dictione toscana finisce in vocale: solo alchuni articholi de’ nomi in l et alchune prepositioni finiscono in d, n, r.

Toda palavra e locução toscana acabam com vogal: somente alguns artigos definidos de nomes, que começam com a letra l, e algumas preposições terminam com as letras d, n, r.

Le chose, in molta parte, hanno in lingua toscana que’ medesimi nomi che in latino.

As coisas, na maioria dos casos, têm, na língua toscana, os mesmos nomes que tinham em latim.

Non hanno e Toscani fra e nomi altro che masculino e feminino; e neutri latini si fanno masculini. Pigliasi in ogni nome latino lo ablativo singulare, e questo s’usa in ogni caso singulare, cosí al masculino come al femminino. A e nomi masculini l’ultima vocale si converte in -i, e questo s’usa in tutti e casi plurali. A e nomi femminini l’ultima vocale si converte in -e, e questo s’usa in ogni caso plurale per e femminini. Alchuni nomi femminini in plurale non fanno in -e: come la mano fa le mani. Et ogni nome feminino, quale in singulare finisca in -e, fa in plurale in -i: come la oratione, le orationi; stagione, stagioni; confusioni, e simili.

Os nomes em língua toscana podem ser somente masculinos ou femininos. Os neutros latinos se tornam masculinos. Emprega-se o caso ablativo singular dos nomes latinos e se usa para formar o singular dos nomes em toscano, tanto no masculino quanto no feminino. A última vogal dos nomes masculinos se converte para i, e isso se faz com todos os nomes masculinos no plural. A última vogal dos nomes femininos se converte para e, e isso se faz com todos os nomes femininos no plural. O plural de alguns nomes femininos não termina com e: como, la mano [a mão] que se torna le mani [as mãos]. E todos os nomes femininos, cujo singular termine com e, têm como plural i: é o caso da palavra la oratione [a oração], le orationi [as orações]; stagione [estação], stagioni [estações]; confusioni [confusões], etc.

 

 

 

 

Sergio Romanelli (Org.). Antologia Bilíngue dos Clássicos da Língua Italiana. Vol. 1. La Questione della língua. Leon Battista Alberti. Nicolau Maquiavel. Baldassar Castiglione. Tubarão: CopyArt, 2012.

Bibliografia

Traduções Publicadas

 

Alberti, Leon Batista. Proêmio ao III dos Livros da Família. [Por: Sergio Romanelli] Tubarão: Copiart, 2012. (Proemio).

Alberti, Leon Batista. Pequena gramática da língua toscana. [Por: Sergio Romanelli]. Tubarão: Copiart, 2012. (Grammatichetta).

Alberti, Leon Batista. Ordem das Letras na Língua Toscana. [Por: Sergio Romanelli]. Tubarão: Copiart, 2012. (Ordine delle lettere in lingua toscana).

Alberti, Leon Batista. Carta dedicatória a Lionello D'Este. . [Por: Sergio Romanelli]. Tubarão: Copiart, 2012. (Lettera dedicata a Lionello d'Este).

Alberti, Leon Batista. Protesto.  [Por: Sergio Romanelli]. Tubarão: Copiart, 2012. (Protesta).

Tradução para a língua italiana

Martins, Marte. Maricota e Cocota. [Por: Sergio Romanelli & Daniela Bunn]. Florianópolis: Editora Cuca Fresca, 2011. (Mariolino e Luigino).

Obra própria

 

Livros publicados

Romanelli, Sergio. Gênese do processo tradutório. Editora Horizonte, 2013. v. 1. 184p .

Romanelli, Sergio. La metafisica di un fauno. 1. ed. Roma: Aracne Editrice, 2011. v. 1. 80p  (Narrativa).

Romanelli, Sergio. Libere Fenici. 1. ed. Como - Italia: Lieto Colle, 2009. v. 1. 80p. (Poesia)

Romanelli, Sergio; FELCI, Silva. Lune Severe. 1. ed. Bergamo: Alla pasticceria del pesce, 2005. v. 1. 36p. (Poesia)

 

Livros organizados

Antologia Bilíngue. Clássicos da língua italiana. 1. ed. Organizado por Sergio Romanelli. Tubarão: Copiart, 2012. v. 1. 208p.

Battista, Leon Alberti.  Da arte de construir. Tratado de arquitetura e urbanismo . 1. ed.  Organizado por Sergio Romanelli. São Paulo: Hedra, 2012. v. 1. 466p. (De Re Aedificatoria)

 

Artigos completos publicados em periódicos

Romanelli, Sergio; Soares G. N. Traducción y enseñanza / aprendizaje de LE: enfoques posibles. Mutatis Mutandis (Medellin. 2008), v. 6, p. 201-213, 2013.

Romanelli, Sergio ;MAFRA, A.; SOUZA, R. DE. D. Pedro II tradutor: análise do processo criativo. Cadernos de Tradução, v. 2, p. 101-118, 2012.

Romanelli, Sergio. Crítica genética e tradução.  Manuscrítica (São Paulo), v. 1, p. 185-192, 2012.

Romanelli, Sergio; CRISTOFOLETTI, R. GÊNESE E METAGÊNESE: O ARTISTA E O GENETICISTA EM BUSCA DA FONTE. Manuscrítica (São Paulo), v. 20, p. 218-243, 2011.

Romanelli, Sergio. O uso da tradução no ensino-aprendizagem das línguas estrangeiras. Horizontes (UnB), v. 8, p. 200-219, 2011.

Romanelli, Sergio; CASINI Cecilia. Italianistica in Brasile: ricerca di prospettive e prospettive di ricerca. In.It, v. 27, p. 16-22, 2011.

Romanelli, Sergio. Entre línguas e culturas: as traduções de Dom Pedro II. Mutatis Mutandis (Medellin. 2008), v. 4, p. 191-204, 2011.

Romanelli, Sergio. Between languages and cultures: Dom Pedro II as a translator. Nonada Letras em Revista, v. 1, p. 25-37, 2011.

Romanelli, Sergio. In-comunicação e tradução em Walter Benjamin. DOI: 10.5007/2175-7968.2011v2n28p37. Cadernos de Tradução, v. 2, p. 37-46, 2011.

Romanelli, Sergio; Correa, D. R. Tradução de Prefácios Encontrados em Obras Traduzidas por Mulheres nos Séculos xvii e xviii na Itália. In-Traduções, v. 3, p. 3, 2010.

Romanelli, Sergio.  Traduzir é criar? Letras de Hoje, v. 45, p. 62-66, 2010.

Romanelli, Sergio. Oltrefremente poesia: Vittorio Stella rilegge la poetica di Virgillito. Revista de Italianística, v. 1, p. 120-130, 2010.

CASINI Cecilia; Romanelli, Sergio. Ensino e pesquisa em italiano nas universidades brasileiras. Synergies Brésil, v. 7, p. 65/7-74, 2009.

 Romanelli, Sergio. L´uso della traduzione in una classe di LS: Una questione ancora aperta o da riaprire? El uso de la traducción en la clases de lengua extranjera:?una cuestión resuelta o para reabrir?. Mutatis Mutandis (Medellin. 2008), v. 2, p. 50-66, 2009.

Romanelli, Sergio. La nuova frontiera della critica genetica e i manoscritti di Rina Sara Virgillito. ABPI em Revista, v. 1, p. 497-507, 2009.

Romanelli, Sergio. O processo de criaçao do tradutor. Revista Criação & Crítica, v. 1, p. 87/n. 3-96, 2009.

Romanelli, Sergio. Análise descritiva das traduções brasileiras do conto The Black Cat de Edgar Allan Poe. Revista Eletrônica Polidisciplinar Vôos, v. 1, p. 162-173, 2009.

Romanelli, Sergio. Galeffi Eugenia Maria . Machado de Assis: un drammaturgo incompreso. Biblioteca Teatrale, v. 83-84, p. 137-145, 2008.

Romanelli, Sergio. Quem traduz na realidade: o poeta ou a editora?. Estudos Lingüísticos e Literários, v. 33/34, p. 209-219, 2007.

Romanelli, Sergio. Traduzir ou não traduzir em sala de aula? Eis a questão. Inventário (UFBA), salvador, v. 05, 2006.

Romanelli, Sergio. Desvendando um labirinto: as traduções de Rina Sara Virgillito. Manuscrítica (São Paulo), Sao Paulo, v. 13, p. 181-193, 2005.

Romanelli, Sergio. O 'Movimento tradutório na obra de Rina Sara Virgillito. Inventário (UFBA), salvador, v. n.3, 2004.

Romanelli, Sergio.  A máquina poética. Inventário (UFBA), Salvador:Ufba, v. 01, p. 01-06, 2003.

Romanelli, Sergio. O ensino/aprendizagem de pronomes do italiano: interferência na interlíngua do falante do português brasileiro. Revista Desempenho, Brasília, p. 41-50, 2003.

Romanelli, Sergio. Biografia di un'estasi.. Merope Isbn 88 7433 027 8, Pescara, v. 33-34, p. 207-209, 2003.

Romanelli, Sergio. Galeffi, Eugenia Maria . O ouro de Sevilha ou o silêncio da palavra.. Inventário (UFBA), Salvador, 2003.

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