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Dicionário de tradutores literários no Brasil


Remy Gorga, filho

Perfil | Excertos de traduções | Bibliografia

Remy Gorga, filho, nascido Remi Figureli Gorga, nasceu em Pelotas, RS, em 23 de janeiro de 1933. Embora seu pai, Remy Menezes Gorga, tivesse “y” no nome, em virtude da condenação dessa letra promovida pela Revolução de 1930 foi registrado com “i”, o mesmo acontecendo com o “ll” do sobrenome materno. Em ocasiões – inclusive em algumas das suas traduções publicadas – seu nome aparece como Remy Gorga Filho, sem vírgula e com “F” maiúsculo, e também como Remy Gorga.

Formou-se em direito na PUC do Rio Grande do Sul em 1962 e iniciou, mas não concluiu, o curso de Jornalismo da UFRGS. Foi jornalista profissional muitos anos em Porto Alegre no Diário de Notícias, no Correio do Povo, na Folha da Tarde e na Rádio Guaíba; no Jornal do Brasil do Rio de Janeiro; e em São Paulo, n’O Estado de S. Paulo e no Jornal da Tarde, dedicado à crítica literária. No Jornal do Brasil dirigiu o Suplemento do Livro durante cinco anos. Também teve uma coluna de crítica literária na revista Nova. Publicou crônicas no Correio Brasiliense, no jornal Zero Hora de Porto Alegre e no semanário José – Jornal da Semana Inteira, de Brasília. Desde 1990 é Diretor Executivo do Instituto Brasileiro-Equatoriano de Cultura (IBEC), em Quito, segmento cultural da Embaixada do Brasil que trabalha na divulgação da cultura e das artes brasileiras e da língua portuguesa.

Aprendeu espanhol de forma autodidata, ouvindo rádios argentinas e tango. O principal motivo de aprender espanhol era o acesso à literatura francesa e russa, então mais disponíveis em espanhol que em português. Não ambicionava ser tradutor; no entanto, a pedido de um colega do Jornal do Brasil, que queria ler alguns contos de Julio Cortázar mas não os compreendia completamente, traduziu ao português “Casa tomada”. Algum tempo depois, esse colega, Charles Corfield, levou a tradução à editora Expressão e Cultura, que a aprovou e convidou Remy Gorga, filho, a traduzir Bestiário, que seria a sua primeira tradução publicada. No entanto, já então tinha traduzido Casa verde, de Mario Vargas Llosa, para a Francisco Alves, mas esta só saiu em 1971.

Traduziu fundamentalmente do espanhol para o português, mas tem também algumas versões do português para o espanhol: uma antologia de contos de Machado de Assis e outra de Clarice Lispector, organizadas por ele e com estudos introdutórios e notas biobibliográficas da sua autoria, e um livro de Cecy Fernandes de Assis, autora brasileira premiada em concurso realizado em Quito.

Das suas 37 traduções do espanhol, a maioria, 27, é de romances, entre eles 9 de Mario Vargas Llosa, 6 de Gabriel García Márquez e 4 de Silvina Bullrich. Oito traduções são livros de contos, sendo cinco de Julio Cortázar, uma de Adolfo Bioy Casares, uma de Gabriel García Márquez e uma de Mario Vargas Llosa. Também traduziu um ensaio de Vargas Llosa e um livro de artigos de García Márquez.

Recebeu duas vezes o prêmio de tradução da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA): por Reivindicação do Conde Julião e por Meu tio Atahualpa.

Remy Gorga, filho foi um dos primeiros tradutores do país a pedir, e ter, o nome na capa da sua tradução.

Verbete publicado em 2 de August de 2008 por:
Pablo Cardellino
Walter Carlos Costa

Excertos de traduções

Excertos de O outono do patriarca, de Gabriel García Márquez. Tradução de Remy Gorga, filho.

DURANTE el fin de semana los gallinazos se metieron por los balcones de la casa presidencial, destrozaron a picotazos las mallas de alambre de las ventanas y removieron con sus alas el tiempo estancado en el interior y en la madrugada del lunes la ciudad despertó de su letargo de siglos con una tibia y tierna brisa de muerto grande y de podrida grandeza. (parágrafo inicial)

DURANTE o fim de semana os urubus meteram-se pelas sacadas do palácio presidencial, destroçaram a bicadas as malhas de arame das janelas e espantaram com suas asas o tempo parado no seu interior, e na madrugada da segunda-feira a cidade despertou de sua letargia de séculos com uma morna e terna brisa de morto grande e de apodrecida grandeza. (parágrafo inicial)

 

 

(…) había sabido desde sus orígenes que lo engañaban para complacerlo, que le cobraban por adularlo, que reclutaban por la fuerza de las armas a las muchedumbres concentradas a su paso con gritos de júbilo y letreros venales de vida eterna al magnífico que es más antiguo que su edad, pero aprendió a vivir con esas y con todas las miserias de la gloria a medida que descubría en el transcurso de sus años incontables que la mentira es más cómoda que la duda, más útil que el amor, más perdurable que la verdad, había llegado sin asombro a la ficción de ignominia de mandar sin poder, de ser exaltado sin gloria y de ser obedecido sin autoridad cuando se convenció en el reguero de hojas amarillas de su otoño que nunca había de ser el dueño de todo su poder, que estaba condenado a no conocer la vida sino por el revés, [...] (p. 270)

(...) havia sabido desde suas origens que o enganavam para agradá-lo, que lhe cobravam para adulá-lo, que recrutavam pela força das armas as multidões concentradas à sua passagem com gritos de júbilo e faixas venais de vida eterna ao magnífico que é mais antigo que sua idade, mas aprendeu a viver com essas e com todas as misérias da glória à medida que descobria no transcurso de seus anos incontáveis que a mentira é mais cômoda que a dúvida, mais útil que o amor, mais perdurável que a verdade, havia chegado sem espanto à ficção de ignomínia de mandar sem poder, de ser exaltado sem glória e de ser obedecido sem autoridade quando se convenceu no rastro de folhas amarelas de seu outono que nunca havia de ser o dono de todo seu poder, que estava condenado a não conhecer a vida senão pelo revés, [...] (p. 259)

 

 

García Márquez, Gabriel. El otoño del patriarca. 1ª ed. Barcelona: Plaza & Janés, 1975. 271 pp..

García Márquez, Gabriel. O outono do patriarca. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Record, 1975. Romance. (El otoño del patriarca).

Excertos de A Guerra do Fim do Mundo, de Mario Vargas Llosa. Tradução de Remy Gorga, filho.

I

I

EL HOMBRE era alto y tan flaco que parecía siempre de perfil. Su piel era oscura, sus huesos prominentes y sus ojos ardían con fuego perpetuo. Calzaba sandalias de pastor y la túnica morada que le caía sobre el cuerpo recordaba el hábito de esos misioneros que, de cuando en cuando, visitaban los pueblos del sertón bautizando muchedumbres de niños y casando a las parejas amancebadas. Era imposible saber su edad, su procedencia, su historia, pero algo había en su facha tranquila, en sus costumbres frugales, en su imperturbable seriedad que, aun antes de que diera consejos, atraía a las gentes.

Aparecía de improviso, al principio solo, siempre a pie, cubierto por el polvo del camino, cada cierto número de semanas, de meses. Su larga silueta se recortaba en la luz crepuscular o naciente, mientras cruzaba la única calle del poblado, a grandes trancos, con una especie de urgencia. Avanzaba resueltamente entre cabras que campanilleaban, entre perros y niños que le abrían paso y lo miraban con curiosidad, sin responder a los saludos de las mujeres que ya lo conocían y le hacían venias y se apresuraban a traerle jarras de leche de cabra y platos de farinha y frejol. (p. 15)

O homem era alto e tão magro que parecia sempre de perfil. Sua pele era escura, seus ossos proeminentes e seus olhos ardiam com fogo perpétuo. Calçava sandálias de pastor e a túnica azul de brim que lhe caía sobre o corpo lembrava o hábito desses missionários que, de quando em quando, visitavam os povoados do sertão batizando multidões de crianças e casando os amancebados. Era impossível saber sua idade, sua procedência, sua história, mas algo havia em seu aspecto tranqüilo, em seus costumes frugais, em sua imperturbável seriedade que, mesmo antes de dar conselhos, atraía as pessoas.

Aparecia de improviso, no princípio sozinho, sempre a pé, coberto pelo pó do caminho, a cada certo número de semanas, de meses. Sua alta silhueta destacava-se na luz crepuscular ou nascente, enquanto atravessava a única rua do povoado, a grandes trancos, com uma espécie de urgência. Avançava decididamente entre as cabras que tilintavam, entre cães e crianças que lhe abriam caminho e o olhavam com curiosidade, sem responder ao cumprimento das mulheres que já o conheciam e faziam reverências e se apressavam a lhe trazer jarras de leite de cabra e pratos de feijão com farinha. (p. 13)

 

 

(…) Eran consejos prácticos, sencillos. Cuando el hombre partía, se hablaba de él: que era santo, que había hecho milagros, que había visto la zarza ardiente en el desierto, igual que Moisés, y que una voz le había revelado el nombre impronunciable de Dios. (…) A todos parecían buenos concejos y por eso, al principio en uno y luego en otro y al final en todos los pueblos del Nordeste, el hombre que los daba, aunque su nombre era Antonio Vicente y su apellido Mendes Maciel, comenzaron a llamarlo el Consejero. (p. 18)

(...) Eram conselhos práticos, simples. Quando o homem partia, falava-se dele: que era santo, fizera milagres, vira a sarça ardente no deserto,como Moisés, e que uma voz lhe revelara o nome impronunciável de Deus. (...) A todos pareciam bons conselhos e por isso, no princípio em um e depois em outro e ao final em todos os povoados do Nordeste, ao homem que os dava, embora seu nome fosse Antônio Vicente e seu sobrenome Mendes Maciel, começaram a chamá-lo de Conselheiro. (p. 17)

 

 

Vargas Llosa, Mario. La guerra del fin del mundo. 5ª ed. Barcelona: Seix Barral, 1997. 570 pp.

Vargas Llosa, Mario. A Guerra do Fim do Mundo. [Por: Remy Gorga, filho]. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. Romance. (La guerra del fin del mundo). Revisão da tradução de 1981 publicada pela Francisco Alves.

Bibliografia

Traduções Publicadas

Bioy Casares, Adolfo. Histórias de amor. [Por: Remy Gorga, filho]. Porto Alegre: L&PM, 1987. Conto. (Histórias de amor).

Bryce Echenique, Alfredo. Um mundo para Julius. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Rocco, 1987. Romance. (Un mundo para Julius).

Bullrich, Silvina. Bodas de Cristal. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Record, 1970. Romance. (Bodas de cristal). A data deve estar errada pois foi a primeira tradução publicada por RGf foi A casa verde, de Vargas Llosa.

Bullrich, Silvina. Amanhã digo basta. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Record, 1971. Romance. (Mañana digo basta).

Bullrich, Silvina. O feiticeiro. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Record, 1971. Romance. (El hechicero).

Bullrich, Silvina. Os passageiros do jardim. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Record, 1971. Romance. (Los pasajeros del jardín).

Carvalho Neto, Paulo de. Meu tio Atahualpa. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Salamandra, 1978. Romance. (Mi tío Atahualpa).

Cortázar, Julio. Final do Jogo. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1969. Conto. (Final del juego). A data deste deve estar errada pois foi a primeira tradução publicada por RGf foi A casa verde, de Vargas Llosa.

Cortázar, Julio. Bestiário. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1971. Conto. (Bestiario).

Cortázar, Julio. Alguém que anda por aí. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1977. Conto. (Alguien que anda por ahí).

Cortázar, Julio. Um tal Lucas. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1977. Conto. (Un tal Lucas).

Cortázar, Julio. Orientação dos gatos. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. Romance. (Queremos tanto a Glenda).

D'Ávila, Roberto. Fidel em pessoa. [Por: Remy Gorga, filho]. Porto Alegre: L&PM, 1986. Entrevista. Tradução da transcrição da entrevista de Roberto D’Ávila a Fidel Castro transmitida pela Rede Manchete em 1984.

Donoso, José. O obsceno pássaro da noite. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979. Romance. (El obsceno pájaro de la noche).

Fuentes, Carlos. A cabeça da hidra. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. Romance. (La cabeza de la hidra).

García Márquez, Gabriel; Solé Vendrell, Carme. A última viagem do navio fantasma. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Record, 2001. Conto. (El último viaje del buque fantasma).

García Márquez, Gabriel. Entre Amigos. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Record, 1982. Artigos. (Obra periodística 2: Entre cachacos (1954-1955)). Tradução da segunda parte do original.

García Márquez, Gabriel. Olhos de cão azul. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Record, 1974. Conto. (Ojos de perro azul).

García Márquez, Gabriel. Crônica de uma morte anunciada. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Record, 1981. Romance. (Crónica de una muerte anunciada).

García Márquez, Gabriel. Relato de um Náufrago. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Record, 1970. Romance. (Relato de un náufrago).

García Márquez, Gabriel. A incrível e triste história da Cândida Erêndira e sua Avó desalmada. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Record, 1972. Romance. (La increíble y triste historia de la Cándida Eréndira y su abuela desalmada).

García Márquez, Gabriel. O outono do patriarca. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Record, 1975. Romance. (El otoño del patriarca).

García Márquez, Gabriel. Textos Andinos (1954-1955). [Por: Remy Gorga, filho; Léo Schlafman]. Rio de Janeiro: Record, 2006. (Obra periodística 2: Entre cachacos (1954-1955)). Artigos. Tradução da primeira parte do original.

García Márquez, Gabriel; Solé Vendrell, Carme. Um senhor muito velho com umas asas enormes. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Record, 2002. Conto. (Un señor muy viejo con unas alas enormes).

Goytisolo, Juan. Reivindicação do Conde Julião . [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975. Romance. (Reivindicación del Conde don Julián).

Lynch, Marta. O tapete vermelho. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1973. Romance. (La alfombra roja).

Natoli, Luigi. Os beatos. [Por: Remy Gorga, filho; Vera Neves Pedroso]. Rio de Janeiro: Record, 1976. (Los beatos). Romance.

Scorza, Manuel. A dança imóvel. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. Romance. (La danza inmóvil).

Vargas Llosa, Mario. Os Chefes. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1976. Conto. (Los jefes).

Vargas Llosa, Mario. A Orgia Perpétua: Flaubert e Madame Bovary. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979. Ensaio. ((Titulo original)).

Vargas Llosa, Mario. A Casa Verde. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Sabiá/INL, 1971. Romance. (La casa verde).

Vargas Llosa, Mario. Pantaleão e as visitadoras. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1973. Romance. (Pantaleón y las visitadoras).

Vargas Llosa, Mario. Tia Júlia e o Escrevinhador. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1977. Romance. (La tía Julia y el escribidor).

Vargas Llosa, Mario. A Guerra do Fim do Mundo. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1981. Romance. (La guerra del fin del mundo).

Vargas Llosa, Mario. História de Mayta. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1984. Romance. (Historia de Mayta).

Vargas Llosa, Mario. Quem matou Palomino Molero?. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1986. Romance. (¿Quién mató a Palomino Molero?).

Vargas Llosa, Mario. O Falador. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988. Romance. (El hablador).

Vargas Llosa, Mario. Elogio à madrasta. [Por: Remy Gorga, filho]. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988. Romance. (Elogio de la madrastra).

Vargas Llosa, Mario. A Guerra do Fim do Mundo. [Por: Remy Gorga, filho]. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. Romance. (La guerra del fin del mundo). Revisão da tradução de 1981 publicada pela Francisco Alves.

Vázquez Figueroa, Alberto. Tuareg. [Por: Remy Gorga, filho]. Porto Alegre: L&PM, 1987. Romance. (Tuareg).

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