Perfil | Excertos de traduções | Bibliografia
José Ribamar Ferreira, mais conhecido pelo pseudônimo Ferreira Gullar, nasceu em São Luís do Maranhão, em 10 de setembro de 1930 e faleceu em 4 de dezembro de 2016, no Rio de Janeiro. É considerado pela crítica um dos maiores poetas da literatura brasileira. Além de poeta, foi escritor, tradutor, ensaísta, memorialista, crítico de arte, dramaturgo, biógrafo, letrista, ilustrador, cronista, roteirista.
Desde jovem Ferreira Gullar já mostrava um grande talento para poesia, e com apenas dezenove anos publicou a sua primeira obra de poesias Um pouco acima do chão (1949). No ano seguinte, graças a seu poema O galo venceu o concurso organizado pelo Jornal de Letras. Em 1951, o maranhense mudou-se para a capital carioca onde se radicou e trabalhou como revisor e interlocutor de rádio em importantes revistas e jornais tais como “O Cruzeiro”, “Manchete” e “Jornal do Brasil”. Gullar nunca deixou seu vínculo com o jornalismo e a realidade que o cercava, e manteve crônicas semanais no jornal “Folha de São Paulo”, com suas considerações, por vezes polêmicas, sobre a vida, a política, e a arte. Sua última crônica foi publicada um dia após sua morte.
Em 1954, ano de seu casamento com Thereza Aragão, mãe de seus três filhos, Gullar projetou-se nacionalmente graças à obra A Luta Corporal. Por essa publicação, aproximou-se do movimento concretista, fundado em 1956, que, segundo o próprio escritor, resultou de discussões e reflexões dos irmãos Campos e de outros poetas, além dele. Porém, insatisfeito com a poesia racionalista e formalista desse movimento, publicou um texto de ruptura, Poesia concreta: experiência fenomenológica, no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil. Criou junto com Lygia Clark e Hélio Oiticica a poesia neoconcretista que, ao contrário do concretismo, valorizava a subjetividade e expressividade artística. Escreveu o Manifesto Neoconcreto (1959) e Teoria do Não Objeto (1960), considerado um texto seminal da arte brasileira.
No início da década de 60, Gullar rompeu definitivamente com a arte concreta e se engajou numa poesia mais madura, com temáticas sociais e políticas. Publicou algumas obras de cordel, reconhecendo o valor da cultura popular do Nordeste. Cada vez mais engajado, escreveu peças de teatro em parceria com outros escritores que denunciavam a ditadura militar no Brasil, dentre as quais Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come (1966) e A saída? Onde fica a saída? (1967). Em 1964, Gullar filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro e, em 1977, devido a forte repressão da ditadura militar, foi exilado. Viveu na Rússia, em Santiago do Chile, Lima e Buenos Aires durante o exílio, período em que colaborou com O Pasquim, semanário brasileiro alternativo e símbolo de oposição ao regime militar. Enquanto vivia na Argentina, o poeta escreveu a obra Dentro da Noite Veloz (1975) e um dos seus livros mais famosos, Poema Sujo (1976), o qual foi traduzido e publicado para várias línguas. Devido à repercussão positiva dessa obra, Gullar voltou no ano seguinte ao Brasil, onde foi preso temporariamente por 72 horas, torturado e libertado após intensa repercussão internacional. Aos poucos, retomou a sua atividade de escritor, deixando obras importantes como Antologia Poética (1979), e Uma Luz do Chão (1978), Na Vertigem do Dia (1980), Sobre arte (1984), Barulhos (1987), Indagações de hoje (1989) e Muitas Vozes (1999). O sucesso de suas obras foi tanto que grande parte delas foi traduzida para várias línguas.
Gullar também se destacou como tradutor. Autodidata no francês e conhecedor de vários idiomas traduziu e adaptou obras importantes do francês e do espanhol. As traduções que realizou abrangem gêneros diversos, como ensaio, literatura, teatro e poesia. Considerava, aliás, a tradução de poesia como algo quase impossível, uma vez que para ele, sentido e forma constroem a linguagem de maneira indissociável. Não obstante, traduziu diversas obras e textos poéticos. Um exemplo é a antologia poética O prazer do poema (2014), organizada por ele e que reúne, além de textos de poetas brasileiros, traduções suas de poetas estrangeiros. De seu trabalho como tradutor, destacam-se a tradução das obras Dom Quixote de Miguel de Cervantes e as fábulas de La Fontaine.
Sobre Dom Quixote, é bom lembrar que Gullar traduziu o clássico em 2002, em um projeto bastante ousado, pois a proposta era adequar a linguagem e o conteúdo da obra, escrita originalmente em espanhol arcaico do século XVII, ao público juvenil contemporâneo. Desse modo, Gullar recorreu à adaptação de uma obra de cinco volumes em apenas um, preservando sua essência estética e a trama principal, porém apagando ou resumindo as histórias intercaladas e numerosas referências históricas e literárias, como ilustrado no excerto abaixo.
Mais recentemente, o poeta se aventurou a traduzir a clássica obra O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry, com a intenção de atualizá-la e aproximá-la da linguagem cotidiana. Essa retradução foi publicada em 2014, 60 anos após a consagrada tradução de Dom Marcos Barbosa, em 1954.
Em 1985, o escritor ganhou o prêmio Molière pela sua tradução de Cyrano de Bergerac, de Edmond Rostand, prêmio até então inédito à categoria “Tradutor”. Indicado ao Prêmio Nobel de Literatura em 2002, e ganhador de diversos outros prêmios, o poeta conquistou também em 2010 o Prêmio Camões de Literatura, considerado o prêmio literário mais importante da língua portuguesa.
Ferreira Gullar foi eleito em 2014 para Academia Brasileira de Letras para a cadeira 37, sucedendo o poeta e tradutor Ivan Junqueira.
Verbete publicado em 16 de January de 2017 por:
Aída Carla Rangel de Sousa
Maria Paula Cruz Fonseca
Marie-Hélène Catherine Torres
Excerto de O pequeno príncipe, de Antoine Saint-Exupéry. Tradução de Ferreira Gullar
Et il revint vers le renard: |
E voltou aonde estava a raposa. |
— Adieu, dit-il . . . |
— Adeus — disse ele. |
— Adieu, dit le renard. Voici mon secret. Il très simple: on ne voit bien qu’avec le coeur. L’essentiel est invisible pour les yeux. |
—Adeus — disse a raposa. — Eis o meu segredo. É muito simples: a gente só vê bem quando vê com o coração. O essencial é invisível aos olhos. |
— L’essentiel est invisible pour les yeux, répéta le petit prince, afin de se souvenir. |
— O essencial é invisível aos olhos — repetiu o pequeno príncipe, para não se esquecer. |
— C’est le temps que tu as perdu pour ta rose qui fait ta rose si importante. |
— Foi o tempo que você perdeu com sua rosa que a tornou tão importante. |
— C’est le temps que j’ai perdu pour ma rose . . . fit le petit prince, afin de se souvenir. |
— Foi o tempo que perdi com a minha rosa... — repetiu o pequeno príncipe, para não se esquecer. |
— Les hommes ont oublié cette vérité, dit le renard. Mais tu ne dois pas l’oublier. Tu deviens responsable pour toujours de ce que tu as apprivoisé. Tu es responsable de ta rose . . . |
— Os homens esqueceram esta verdade — disse a raposa. — Mas você não deve esquecê-la. Você é eternamente responsável por aquilo que cativou. É responsável por sua rosa... |
— Je suis responsable de ma rose . . . répéta le petit prince, afin de se souvenir. |
— Eu sou responsável por minha rosa... — repetiu ele para não se esquecer. |
SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. Le petit prince. New York: A Harvest/HBJ Book, 1971, p. 87-88. |
SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. O pequeno príncipe. [Por Ferreira Gullar]. Rio de Janeiro: Agir, 2013, p. 74. (Le Petit Prince). |
Excerto de Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. Tradução e adaptação de Ferreira Gullar
CAPÍTULO PRIMEROQue trata de la condición y ejercicio del famoso y valiente hidalgo don Quijote de la Mancha p> |
CAPÍTULO I |
En un lugar de la Mancha, de cuyo nombre no quiero acordarme, no ha mucho tiempo que vivía un hidalgo de los de lanza en astillero, adarga antigua, rocín flaco y galgo corredor. Una olla de algo más vaca que carnero, salpicón las más noches, duelos y quebrantos los sábados, lantejas los viernes, algún palomino de añadidura los domingos, consumían las tres partes de su hacienda. El resto della concluían sayo de velarte, calzas de velludo para las fiestas, con sus pantuflos de lo mesmo, y los días de entresemana se honraba con su vellorí de lo más fino. Tenía en su casa una ama que pasaba de los cuarenta y una sobrina que no llegaba a los veinte, y un mozo de campo y plaza que así ensillaba el rocín como tomaba la podadera. Frisaba la edad de nuestro hidalgo con los cincuenta años. Era de complexión recia, seco de carnes, enjuto de rostro, gran madrugador y amigo de la caza. Quieren decir que tenía el sobrenombre de «Quijada», o «Quesada», que en esto hay alguna diferencia en los autores que deste caso escriben, aunque por conjeturas verisímiles se deja entender que se llamaba «Quijana». Pero esto importa poco a nuestro cuento: basta que en la narración dél no se salga un punto de la verdad. |
Num lugar da Mancha, cujo nome não desejo lembrar, vivia, não faz muito tempo, um desses fidalgos de lança no cabide, escudo antiquado, cavalo magro e galgo corredor. Morava numa fazenda com uma ama que passava dos 40, uma sobrinha que não chegava aos 20 e um criado que tanto selava o cavalo como empunhava a podadeira. A idade de nosso fidalgo beirava os 50 anos: era de complexão rija, seco de carnes, enxuto de rosto, grande madrugador e amigo da caça. Dizem uns que levava o sobrenome de Quixada, outros o de Quesada, segundo os diferentes autores que sobre ele escreveram. Mas isso pouco importa, desde que não nos afastemos da verdade. |
Es, pues, de saber que este sobredicho hidalgo, los ratos que estaba ocioso —que eran los más del año—, se daba a leer libros de caballerías, con tanta afición y gusto, que olvidó casi de todo punto el ejercicio de la caza y aun la administración de su hacienda; y llegó a tanto su curiosidad y desatino en esto, que vendió muchas hanegas de tierra de sembradura para comprar libros de caballerías en que leer, y, así, llevó a su casa todos cuantos pudo haber dellos; y, de todos, ningunos le parecían tan bien como los que compuso el famoso Feliciano de Silva, porque la claridad de su prosa y aquellas entricadas razones suyas le parecían de perlas, y más cuando llegaba a leer aquellos requiebros y cartas de desafíos, donde en muchas partes hallaba escrito: «La razón de la sinrazón que a mi razón se hace, de tal manera mi razón enflaquece, que con razón me quejo de la vuestra fermosura». Y también cuando leía: «Los altos cielos que de vuestra divinidad divinamente con las estrellas os fortifican y os hacen merecedora del merecimiento que merece la vuestra grandeza...» Con estas razones perdía el pobre caballero el juicio, y desvelábase por entenderlas y desentrañarles el sentido, que no se lo sacara ni las entendiera el mesmo Aristóteles, si resucitara para solo ello. No estaba muy bien con las heridas que don Belianís daba y recebía, porque se imaginaba que, por grandes maestros que le hubiesen curado, no dejaría de tener el rostro y todo el cuerpo lleno de cicatrices y señales. Pero, con todo, alababa en su autor aquel acabar su libro con la promesa de aquella inacabable aventura, y muchas veces le vino deseo de tomar la pluma y dalle fin al pie de la letra como allí se promete; y sin duda alguna lo hiciera, y aun saliera con ello, si otros mayores y continuos pensamientos no se lo estorbaran. Tuvo muchas veces competencia con el cura de su lugar —que era hombre docto, graduado en Cigüenza— sobre cuál había sido mejor caballero: Palmerín de Ingalaterra o Amadís de Gaula; mas maese Nicolás, barbero del mesmo pueblo, decía que ninguno llegaba al Caballero del Febo, y que si alguno se le podía comparar era don Galaor, hermano de Amadís de Gaula, porque tenía muy acomodada condición para todo, que no era caballero melindroso, ni tan llorón como su hermano, y que en lo de la valentía no le iba en zaga. En resolución, él se enfrascó tanto en su letura, que se le pasaban las noches leyendo de claro en claro, y los días de turbio en turbio; y así, del poco dormir y del mucho leer, se le secó el celebro de manera que vino a perder el juicio. Llenósele la fantasía de todo aquello que leía en los libros, así de encantamentos como de pendencias, batallas, desafíos, heridas, requiebros, amores, tormentas y disparates imposibles; y asentósele de tal modo en la imaginación que era verdad toda aquella máquina de aquellas soñadas invenciones que leía, que para él no había otra historia más cierta en el mundo. |
O importante é saber que nos momentos de ócio — que eram muitos — o referido fidalgo se punha a ler livros de cavalaria com tanto empenho e prazer, que quase se esquecia por completo da caça e da administração da fazenda; e tanta era sua paixão por essas histórias que chegou a vender parte de suas terras para comprar livros de cavalaria, levando para casa todos os que pôde comprar. Encantado com a clareza da prosa e os volteios do estilo, o pobre cavaleiro foi perdendo o juízo. Enfim, envolveu-se tanto na leitura que passava as noites em claro e os dias a cochilar. De tanto ler e pouco dormir, se lhe secou de tal maneira o cérebro, que perdeu a razão. Sua imaginação foi tomada por tudo que nos livros lia — feitiçarias, contendas, batalhas, desafios, ferimentos, amores, tormentas e disparates inacreditáveis; e de tal modo lhe pareceu plausível toda a trama das sonhadas invenções nele contidas que, para ele, nada no mundo havia de mais verdadeiro. |
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CERVANTES, Miguel de. El ingenioso hidalgo Don Quijote de La Mancha. Barcelona: Instituto Cervantes, 1998. n.p. Disponível online. |
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O canto e a fúria. Direção de Zelito Viana. Brasil: 1996.
São Luís do Maranhão de Ferreira Gullar. Direção de Helder Aragão, Marcelo Gomes. Brasil: 1997.
Ferreira Gullar: a necessidade da arte. Direção de Zelito Viana, Vera Paula, Cláudio Duarte. Brasil, Rio de Janeiro: 2005.
Por acaso Gullar. Direção de Zelito Viana, Vera Paula, Cláudio Duarte. Brasil: 2006.
Dona Flor e seus dois maridos. [Escrita por Ferreira Gullar e Dias Gomes]. Rede Globo, 1998.
O fim do mundo. [Escrita por Ferreira Gullar e Dias Gomes]. Rede Globo, 1996.
Irmãos coragem. [Escrita por Ferreira Gullar, Dias Gomes, Marcílio Moraes e Lilian Garcia]. Rede Globo, 1995.
As noivas de Copacabana. [Escrita por Ferreira Gullar, Dias Gomes e Marcílio Moraes]. Rede Globo, 1992.
Araponga. [Escrita por Ferreira Gullar, Dias Gomes e Lauro César Muniz]. Rede Globo, 1990.
Ninguém é de ninguém. [Escrita por Ferreira Gullar e Dias Gomes]. Minissérie não realizada.
Um tiro no coração. [Escrita por Ferreira Gullar e Marcílio Moraes], com base na peça "Dr. Getúlio, sua vida e sua glória". Minissérie não realizada.
Texto original para a "Quarta nobre" (Rede Globo, 1983). Insensato coração.
Textos originais para a série "Obrigado, doutor" (Rede Globo, 1981)
Arma branca
Uma bela adormecida
O bode
O comício
A crise
Go home
Textos originais para a série "Carga pesada" (Rede Globo, 1980)
Disputa
Em nome da santa
O foragido
Lance final
Peru de Natal
Texto original para a série "Aplauso" (Rede Globo, 1979)
Dona Felinta Cardoso, a rainha do agreste
Peças adaptadas por Gullar para a série "Aplauso" (Rede Globo, 1979)
O preço, de Arthur Miller.
A lição, de Eugéne Ionesco.
As pequenas raposas, de Lilian Hellman.
Judas em sábado de Aleluia, de Martins Pena.
Só o faraó tem alma, de Silveira Sampaio.
Ilha das cabras, de Ugo Betti.
A Saída? Onde Fica a Saída?, de Frederick Cock, Adaptação Antonio Carlos da Fontoura, Armando Costa e Ferreira Gullar, Direção João das Neves, Cenografia Gianni Ratto, Direção Musical Geni Marcondes, Produção Grupo Opinião. Local Teatro de Arena, Rio de Janeiro RJ, 1967.
Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come. [autores Ferreira Gullar e Oduvaldo Vianna Filho] - Prêmios Molière e Saci. Direção Gianni Ratto. Local Teatro Arena, Rio de Janeiro RJ, 1966.
Dr. Getúlio, Sua Vida e Sua Glória. [autores Dias Gomes e Ferreira Gullar]. Direção José Renato, Cenografia Fernando Pamplona, Figurino Arlindo Rodrigues, Trilha sonora Silas de Oliveira e Walter Rosa, Coreografia Mary Marinho. Local Teatro João Caetano, Rio de Janeiro RJ, 1968.
Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come. [autores Ferreira Gullar e Oduvaldo Vianna Filho]. Direção José Antônio de Soares, Belo Horizonte MG, 1968.
Brasil & Cia. [autores Armando Costa, Ferreira Gullar, Oduvaldo Vianna Filho e Paulo Pontes]. Direção: Flávio Rangel. Local Teatro da Lagoa. São Paulo SP, 1970.
Dentro da Noite Veloz. [autor Ferreira Gullar]. Direção Mário Prieto. Local Casa do Estudante Universitário, Rio de Janeiro RJ, 1978.
Um Rubi no Umbigo. [autor Ferreira Gullar]. Direção Bibi Ferreira. Local Teatro Casa Grande, Rio de Janeiro RJ, 1979.
Poema Sujo. [autor Ferreira Gullar]. Direção Hugo Xavier, Trilha Sonora Milton Nascimento, Direção Musical Wagner Tiso. Rio de Janeiro RJ, 1980.
Vargas. [autores Ferreira Gullar e Dias Gomes] - Prêmio Oduvaldo Vianna Filho. Direção Flávio Rangel, Direção assistente Ricardo Rangel, Cenografia Gianni Ratto, Adereço e figurino Kalma Murtinho, Direção Musical Edson Frederico, Trilha Sonora Edu Lobo e Chico Buarque. Local Teatro João Caetano, Rio de Janeiro RJ, 1983.
Crime na Flora. [autor Ferreira Gullar]. Adpatação Angélica Satiro e Arlindo Porto Nunes Nunes, Direção Arlindo Porto Nunes, Coreografia Tuca Pinheiro, Grupo Experimental de Teatro Alkathéa. Belo Horizonte MG, 1988.
Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come. [autores Ferreira Gullar e Oduvaldo Vianna Filho]. Direção Amir Haddad - Prêmio Shell, Cenografia e adereço Miriam Obino, Figurino Judith Bellini, Direção Musical Ricardo Pavão. Produção Casa das Artes de Laranjeiras, Local Teatro Cacilda Becker, Rio de Janeiro RJ, 1989.
Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come. [autores Ferreira Gullar e Oduvaldo Vianna Filho]. Direção Antônio Pedro Borges, Local Teatro Casa Grande, Rio de Janeiro RJ, 2002.
Um Rubi no Umbigo. [autor Ferreira Gullar]. Direção André Paes Leme, Local Caixa Cultural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro RJ, 2011.
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Esquina da palavra. A Arte na Luta Ideológica. Apresentação Claudiney Ferreira. Local Itaú Cultural. São Paulo: 2003.
Apague meu spotlight, de Jocy de Oliveira, Direção: Gianni Ratto, Produção Ferreira Gullar. São Paulo SP, 1961.
Antígona, de Sófocles. [tradução Ferreira Gullar]. Direção João das Neves, Cenografia Helio Eichbauer - Prêmio Molière, Figurino Helio Eichbauer, Direção musical Geni Marcondes, Produção Grupo Opinião. Local Teatro Opinião, Rio de Janeiro RJ, 1969.
Cyrano de Bergerac, de Edmond Rostand [tradução Ferreira Gullar]. Adaptação e Direção Flávio Rangel, Cenografia Gianni Ratto, Adereço Helô Cardoso, Figurino Kalma Murtinho, Direção musical e trilha sonora Murilo Alvarenga. Produção Companhia Estável de Repertório. Local Teatro Cultura Artística, São Paulo SP, 1985.
O País dos elefantes, de Louis Charles Sirjacq [tradução Ferreira Gullar]. Direção Alain Millianti, Cenografia e figurino J. C. Serroni, Direção Musical João Carlos Dalgalarrondo, Trilha sonora João Carlos Dalgalarrondo e Milton Nascimento. Produção Association Française d´Action Artistique e Companhia Estável de Repertório. Local Avignon, França, 1989.
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GULLAR, Ferreira. Poema Sucio/ En el Vértigo Del Día. [Por: Alfredo Fressia, Mario Camara, Paloma Vidal]. Argentina: Corregidor, 2008. (Poema sujo/ Na vertigem do dia). Poesia
GULLAR, Ferreira. Dirty poem. [Por: Leland Guyer]. New York: University Press of America, 1991. (Poema sujo). Poesia
GULLAR, Ferreira. Poème Sale. [Por: Jean-Michel Beaudet]. Paris: Editora Temps de Cérises, 2005. (Poema sujo). Poesia
GULLAR, Ferreira. Morgen is Weer Geen Andere Dag. [Por: August Willensem]. Holanda: Wagner & Van Santen, 2003. (Amanhã ainda não será outro dia e outros poemas).
GULLAR, Ferreira. Obra poética. Vila Nova de Famalicão: Quasi, 2003.
GULLAR, Ferreira. Nagosntans i ingenstans. [Por: Ulla M Gabrielsson]. Editio Diadorim, 2013. (Em alguma parte alguma)
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ISBN: 85-88464-07-1
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